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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Tri Tricolor!!!! 96 Anos do Mais Querido







Do JC Online

Torcida tricolor é um exemplo de amor e fidelidade

Quantos clubes suportariam três rebaixamentos seguidos e dois anos seguidos numa quarta divisão? Nenhum que não seja o Santa Cruz Futebol Clube. E sabem qual o segredo desse fenômeno? A torcida, cujo gigantismo nos jogos do Arruda chega a assustar os mais desavisados. E é essa imensa legião de - na falta de termo que traduza o sentimento - fiéis comemora com muito orgulho os 96 anos de fundação nesta quarta-feira.

E o grande presente deste ano seria uma vitória sobre o eterno rival Sport, no tradicional Clássico das Multidões. No fim do ano, a tão sonhada ascensão para a Série C, que marcaria o tão aguardado renascimento, seria a cereja no bolo para a temporada ser considerada perfeita.

As festividades começam bem cedo, com uma missa em Ação de Graças na sede social, às 8h. Em seguida, haverá sessão solene do Conselho Deliberativo. E vai ficar por aí mesmo. Não que o clube não mereça mais festa. Como haverá clássico à noite, as comemorações serão discretas.

A história do Santa começou em frente ao pátio da Igreja de Santa Cruz quando um grupo de garotos resolveu formar um time do esporte que começava a ganhar espaço no Brasil, o futebol. As cores escolhidas foram o preto e o branco, mas a Liga Sportiva Pernambucana (antecessora da atual Federação Pernambucana de Futebol) ordenou a mudança porque o Flamengo usava as mesmas cores.

Foi acrescentado o vermelho em 1917. Porém, em Pernambuco, as participações ainda eram discretas. A primeira travessura do "time dos meninos" como ficou conhecido aconteceu dois anos depois. O Santa foi a primeira equipe do Nordeste a derrotar um time do Rio de Janeiro. O Botafogo caiu por 3x2.

O primeiro estadual, no entanto, demorou um bocado. Veio apenas em 1931. A demora foi tanta, que o tricolor tirou o atraso conquistando os dois subsequentes. À frente da equipe estava o lendário Tará, artilheiro máximo do clube com 207 gols. Na década seguinte, o clube começou a construir seu patrimônio com o aluguel de um terreno no bairro do Arruda.

Relembre a subida para Série A em 2005:


Depois do título de 1947 seriam dez anos de jejum. E como acontece com os jejuns corais, novamente foi quebrado em grande estilo. Em 1957 o Campeonato Pernambucano parecia não querer acabar. A ponto de terminar apenas no ano seguinte com um ferrenho embate entre tricolores, rubro-negros e alvirrubros. Zequinha, Lanzoninho e Mituca eram alguns dos destaques do primeiro supercampeonato coral.

O segundo super veio com aquela que é considerada a melhor fase do clube, a década de 1970. Some-se a isso a inauguração do Estádio José do Rego Maciel no dia 4 de julho de 1972. Em 1976, super outra vez. A terceira façanha aconteceu em 1983 numa eletrizante disputa de pênaltis com o Náutico. Ricardo Rocha e Zé do Carmo eram os líderes da equipe.

A década de 1990 viu o Santa oscilar em boas campanhas e resultados pífios. O auge pode ser considerado o ano de 1993, quando o time virou o jogo final do Pernambucano contra o Náutico em menos de dez minutos e segurou o empate na prorrogação fazendo com que muita gente que já estava na Avenida Beberibe tomando o rumo de casa voltasse correndo ao estádio.

Relembre o supercampeonato de 1983:


Esta última década pode ser considerada a mais obscura. Depois de uma nova quebra de jejum (nove anos) com um título incontestável, onde ganhou os dois turnos, o Santa completou a felicidade da torcida conseguindo o acesso à primeira divisão. Um velho ídolo comandava o time: Givanildo Oliveira. E um pequeno artilheiro fazia a festa nas quatro linhas: Carlinhos Bala.

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